quarta-feira, 1 de abril de 2009

O pesadelo da concretização do sonho

Nem consegue mais pensar. Tenta se concentrar, mas não consegue mais pensar. A recaída foi inevitável. Iria acontecer, menos dia, ou mais dia.

Era como a ganância em torno do diamante de sangue: se ele a quisesse, nunca iria ter, mesmo tentando incessantemente; se ele não a notasse, o lindo reflexo daquela terrível e gananciosa jóia, sem dúvida, chamaria sua atenção, e talvez persegui-lo até onde ele estivesse.

Era o pesadelo do sonho consumado. Assim como Jack queria, ele também tentava. Igualmente como o perdido doutor, no entanto, ele não conseguia mais pensar. E a volta jamais seria inquestionável.

Mas o que importa agora, se o sonho acabou se realizando, mesmo sem ter sido racionalmente desejado? E qual era a real intenção? Não era pelo menos chamar a atenção - como um grito de "socorro, ainda estou aqui" -, como se ele próprio fosse aquele diamante de sangue? Ou seria ela, então, o diamante? (Ou apenas o sangue?...)

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