sábado, 4 de abril de 2009

1 ano sem surtos!


Não surto mais. Comprovei isso há exatos 1 ano e 1 mês. Ficava sempre naquela expectativa. Fiquei durante muito tempo, era chato, muito chato. Até pra mim. Ficava lá esperando por algo (coisa?) que pudesse aparecer ali, na minha frente, assim, do nada. Passando de ônibus, entrando nas lojas, esperando nas filas. E nada.


Era o mais que provável retorno à insanidade mental. Nem era um retorno, na verdade. Não sei se eu já estava assim há algum tempo antes da loucura. Era triste mesmo. Mas acho que antes eu não estava nesse triste poço sem fundo.E a vida se fez de louca. Virava pra ver se era aquilo mesmo, e nada. Surtava. "O que eu estou fazendo? Procurando o quê? Por quem?" Era simples, meu caro: você estava louco.


Durou acho que mais de um ano. Era muita tristeza. Às vezes parava, porém novamente, do nada, começava a surtar. Nem conseguia imaginar se fosse realmente verdade. Se realmente aquilo se virava contra mim e fosse o que eu estava imaginando. E se fosse verdade!? Eu teria reação imediata? Ou ficaria parado, tipo estátua, sem falar um "a"?


Mas acho que era isso mesmo que eu queria naqueles tristes tempos. Talvez a tristeza era, assim, tão grande, mas não tão grande assim, porque já se tornava algo normal. Talvez a tristeza da angústia serviria pra alimentar a esperança de um dia pelo menos ser verdade. E esse dia, enfim, tinha chegado.


Foram os 5 minutos mais longos de toda a minha vida. Não existiu maior eternidade que isso... Ali, naquele exato momento, decorrido mais ou menos um período de tempo de 5 minutos (ou, realmente, umas 5 décadas!), comprovei que não surto mais. Surtaria, lógico, se não fosse verdade. Mas era. Era verdade. Ela, que marcou profundamente minha vida, apareceu. E tudo se acabou... (como num piscar de olhos - cheios de lágrimas e dor)

quinta-feira, 2 de abril de 2009

A volta do(s) idiota(s)

Só de saber que você venceu o desafio, o qual foi posto em seu caminho justamente para testar sua real capacidade de enfrentar e encarar a doce amargura da vida, já é suficiente para não se sentir mais um desprezível vivenciador dos célebres momentos melancólicos ou menor que o irreversível inimigo.


De onde sairia, pois, essa profunda inimizade? Ora, se o fato em questão se justificava mais pela relação conflituosa que existia entre o idiota e o antigo e suposto "amor" - simbolizando uma pessoa angelical e confortante, a mesma que um dia foi tida como a pior coisa que já tinha acontecido em sua vida -, relação esta que há muito tempo não havia existência, então como explicar ainda essa dor-raiva?


O ódio, de fato, ainda não era controlado, como se mostrava uma vez ou outra evidente. O contato com novos seres animados e auto-controláveis revelava sua raiva interna incontrolada. Não mais em saber que conseguia o tão almejado degrau, para talvez alavancar seu sucesso profissional; mas sim em continuar sabendo que o(s) idiota(s) permanece em seu posto, deixando nítido que para fazer "coisa ruim" nunca iria tirar um dia de folga sequer. Se tivesse que sair por um tempo mínimo, iria voltar com tudo, como o fez.


Por que você, então, iria descansar, se ele(s) não descansa(m) jamais em sua persecução impetuosa e egoísta em atingir as próprias metas, passando por cima de quem quer que seja?


Ilumine a escuridão, porque você não pode parar jamais!

quarta-feira, 1 de abril de 2009

O pesadelo da concretização do sonho

Nem consegue mais pensar. Tenta se concentrar, mas não consegue mais pensar. A recaída foi inevitável. Iria acontecer, menos dia, ou mais dia.

Era como a ganância em torno do diamante de sangue: se ele a quisesse, nunca iria ter, mesmo tentando incessantemente; se ele não a notasse, o lindo reflexo daquela terrível e gananciosa jóia, sem dúvida, chamaria sua atenção, e talvez persegui-lo até onde ele estivesse.

Era o pesadelo do sonho consumado. Assim como Jack queria, ele também tentava. Igualmente como o perdido doutor, no entanto, ele não conseguia mais pensar. E a volta jamais seria inquestionável.

Mas o que importa agora, se o sonho acabou se realizando, mesmo sem ter sido racionalmente desejado? E qual era a real intenção? Não era pelo menos chamar a atenção - como um grito de "socorro, ainda estou aqui" -, como se ele próprio fosse aquele diamante de sangue? Ou seria ela, então, o diamante? (Ou apenas o sangue?...)