Novamente volta toda a cena: o impacto, o vidro quebrado, o barulho do vidro quebrando, os cortes nas mãos, a sensação de perda, perda dos sentidos, perda do equilíbrio, perda da racionalidade, perda da vida... bum! acabou!
Chegou ao lado de Deus. Viu que ele realmente existe. Que é de verdade. Porém, não enxergou direito o que Ele era, ou quem era. Não dava pra ver. Aproximou-se, então. Sim, com um tanto de medo, mas foi conferir de perto. Lá debaixo já estava o carro amassado, a vítima no chão e ele ainda dentro do carro.
De repente, conseguiu ver quem era. Era a pessoa mais importante do mundo em sua vida (embora poucos contatos na vida física existiram entre os dois). "Um mundo de sonhos ainda te espera"... Foi o que Ele disse.
Pronto. Retornou. Tudo em um milésimo de décimo de segundo (se é que isso existe). Menos tempo do que um piscar de olhos. Foi começar a piscar - refletir, ver, ouvir, enxergar, pensar e viver novamente - e terminar de piscar.
E retorna toda a apavoração, angústia e choro daqueles momentos do acidente. Tudo muito rápido. "Como é que eu não morri!?", ainda pensa, enquanto paira o desespero em ver a vítima no chão.
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