terça-feira, 27 de julho de 2010

Cidade


"Hipócritas!", gritava ele, "bando de hipócritas". Já diziam que comungar faria bem à alma, às vezes para eles. Porque ainda se entupiam de atitudes nefastas, nem se importando com aquilo ao seu redor, contrariando suas próprias vidas.


Uma cidade - no seu sentido de "centro", como já dizia uma senhora tempos atrás àquele menino de pobre e fértil mente - a mais podre possível, mas nem tanto assim, convenhamos, ao analisar todas as outras arranha-céus´ cities.


Um correndo pra lá, outra acolá, outro naquela direção, e mais outro, e mais um, mais uma... aff! E eram justamente aqueles hipócritas que ali trabalhavam. Bando de mercenários, uns idiotas, de fraca alma, esta já condenada até...


Cidade que não sabia o que era, e logo lá iria passar a ir todos os dias. Longos dias. Um tanto perturbadores; outros calmos, iguais soníferos. Mas ainda não se esqueceu deles, aqueles caras. Uma salva de palmas para os hipócritas: porque eu também faço parte. E você também, meu querido.

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